29 de maio de 2010
" A natureza é mais forte " - Parte IV
Concluída a aplicação das cores base, vamos passar á fase mais importante na pintura das figuras. O grau de realismo do diorama vai depender muito do sucesso desta fase.
A aplicação das técnicas que vamos mostrar, vai permitir criar profundidade, relevos e desgastes em superfícies que de outra forma seriam neutras.
Antes das técnicas a utilizar, chamo a vossa atenção para o trabalho feito no camuflado da figura com gorro. É uma sequência de aplicação de 4 cores, cor base mais as 3 cores que compõem o camuflado.
Para dar “o tal” realismo ás figuras, vamos utilizar duas técnicas literalmente opostas. A primeira técnica chamada de “aguada” ou “wash” tem como objectivo criar sombras e dar profundidade ás superfícies. Fazer um “wash” é muito simples, mistura-se a cor base da superfície a pintar com um pouco de preto, em quantidade suficiente para escurecer ligeiramente a cor, á “nova” cor vamos juntar água em grande quantidade para fazer o “wash”.
Com o “wash” feito, vamos utiliza-lo somente nas áreas pretendidas, aplica-lo é simples, molha-se o pincel na tinta e “toca-se” na área a seleccionada, devido ao grau de dissolução da tinta, esta vai fluir naturalmente pela superfície. Esta operação deve ser repetida tantas vezes quantas as necessárias para atingir o efeito pretendido.
Nas figuras do nosso PaP podemos ver esta técnica aplicada em várias superfícies.
Exemplos de "wash".
A técnica oposta do “wash” é a técnica do “dry brush” ou “pincel seco”, toda a preparação, aplicação e objectivo são completamente opostos. O objectivo do “pincel seco” é criar relevo e realçar as superfícies.
A técnica começa com a preparação da “nova” tinta, mistura-se á cor base um pouco de branco, em quantidade suficiente para clarear ligeiramente a cor. A “nova” cor está pronta. A utilização desta técnica requer um pouco de paciência, vejam porquê…
Vamos molhar o pincel na tinta, a seguir vamos passa-lo num lenço de papel até que este perca a tinta…quando isso acontecer estamos prontos para aplicar a técnica do pincel seco. De facto, o pincel ainda contem pigmentos de tinta que vamos aplicar nas superfícies seleccionadas. À primeira vista, aplicação parece não ter resultado, mas se for repetida várias vezes vão ver que os resultados vão ser excelentes.
É necessário paciência…, certo???
Exemplo de "dry brush" no gorro do comando.
A utilização destas duas técnicas em conjunto é o garante de uma figura com elevado grau de realismo.
No próximo PaP vamos falar dos pequenos detalhes, olhar, barba, divisas, fivelas, etc…
Bom modelismo.
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2 comentários:
Fantástico trabalho de pormenor!!
Mas queria aqui deixar tb os meus parabéns ao Sr. Srcretário, que com a sua dedicação vai dando voz aos trabalhos da malta do NME!
Trabalha rapaz! Que só te faz bem!
Abraço,
Luís Silva
Sem dúvida temos artista...
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