Em Fevereiro de 1916 o Ministério da Guerra solicitou à Grã-Bretanha a formação de alguns pilotos, que na intenção de Portugal viriam a formar o grupo aéreo do CEP. Assim, e ainda em Fevereiro, foram enviados os Tenentes António de Sousa Maya e Óscar Monteiro Torres e o Alferes Alberto Lello Portela, que viram a obter em Junho de 1916 os respectivos brevets militares nas escolas de aviação civil de Hendon e militar de Northolt. Óscar Monteiro Torres realizou 25 horas de voo e obteve a classificação final de 20 valores. É então convidado a formar com António Maya e Alberto Lello Portela um grupo de militares portugueses responsáveis pela formação de um corpo de aviação militar em Portugal.
Republicano convicto é da opinião de que Portugal deveria perfilar junto dos aliados na defesa das democracias contra as potências centrais, o que o leva a acentar praça em Soissons na Esquadrilha SPA 65 , conhecida como Esquadrilha Soissons (em homenagem à vila que a recebia) onde foi acolhido com grande entusiasmo, tornando-se não só um nome muito acarinhado junto dos soldados aliados como numa lenda do Corpo Expedicionário Português.
A 19 de Novembro de 1917, parte em patrulha com o capitão Lamy. Aos comandos do seu SPAD S.VII, n.º S7C1, 4268 voa a 3.000 metros sobre Dames e Laon quando se confrontam com dois aviões alemães, o capitão Lamy mais experiente consegue uma manobra evasiva e Óscar Monteiro de Torres é perseguido pelos dois aviões germânicos entrando pelas linhas inimigas e num acto de coragem e desprezo pela vida, pica sobre os aviões alemães e consegue abate-los: um Halberstadt (avião de observação) e um Fokker (caça). Momentos depois é abatido pelo piloto Alemão Rudolf Windisch da esquadrilha de caças Fokker, Jasta 32.
A população de Laon assiste a este combate e ao acto de coragem.
O combate é travado na zona entre Chemin des Dames e Laon, acabando o seu biplano por se despenhar na zona Alemã.
Tendo sido prontamente recolhido e levado com vida pelas forças Alemãs e posto sobre observação num hospital militar de campanha, o Capitão Piloto-Aviador Óscar Torres viria a falecer na manhã do dia seguinte em resultado dos graves ferimentos que tinha sofrido em combate.
Diz-se que o seu SPAD foi mais tarde utilizado pelo seu captor, o piloto Alemão Rudolf Windisch, para combate nos céus da frente.
Capitão Piloto-Aviador Óscar Monteiro Torres foi o primeiro, e até agora único, piloto de combate Luso a tombar contra uma aeronave inimiga.
É enterrado no cemitério de Laon com honras militares pelos pilotos alemães que reconheceram o seu acto de Heroísmo.
O seu corpo volta a Portugal para ser entregue à terra a 22 de Junho de 1930. Repousa no Alto de São João em Lisboa.
Pelos seus feitos em combate e heroicidade é condecorado com a Legião de Honra, com a Croix de Guerre, com o colar da Torre e Espada e com a Medalha da Cruz de Guerra de 1ª Classe.
No mercado existem várias modelos deste aparelho entre elas destacamos algumas:
1/72 MAC Spad S. VII
1/48 Special Hobby Spad S. VII
1/32 Roden Spad S. VII
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